As coberturas biodegradáveis são realmente melhores para o meio ambiente?

Are biodegradable mulches actually better for the environment?

Como estudante de doutorado na Washington State University (WSU), o Dr. Henry Sintim investigou se as coberturas biodegradáveis são, de fato, o que dizem ser. Ele e sua equipe de pesquisa queriam entender o que é lixiviado para o solo à medida que as coberturas se degradam e quais delas tinham um desempenho tão bom quanto as coberturas plásticas de polietileno (PE) no controle de ervas daninhas, pragas e doenças.

MULCHA PLÁSTICA

A aplicação de coberturas plásticas na agricultura é uma prática comum entre os produtores de culturas especiais em todo o mundo. Ele conserva a água e ajuda no controle de ervas daninhas, pragas e doenças, melhorando posteriormente o rendimento e a qualidade da colheita. Como o PE é durável e não se degrada no solo, não é possível deixá-lo no campo, o que acaba levando à questão do descarte. Quando o PE é enterrado no campo, ele fica contaminado com o solo e não pode ser reciclado. Para descartá-lo, os produtores precisam transportá-lo para um aterro sanitário - se houver instalações disponíveis - a custos cada vez mais altos. Quando os aterros não são uma opção, os produtores armazenam PE em suas fazendas, onde a chuva pode levar a cobertura vegetal para córregos e corpos d'água. O Dr. Henry Sintim e sua equipe investigaram se as coberturas plásticas biodegradáveis (BDMs) poderiam ser uma alternativa viável.

ALTERNATIVAS BIODEGRADÁVEIS

A substituição do PE pelo BDM poderia aliviar a necessidade de descarte. No entanto, o Dr. Sintim diz que o impacto potencial sobre os ecossistemas do solo agrícola precisa ser avaliado antes de adotar a cobertura vegetal biodegradável para uso no campo. Por exemplo, as coberturas biodegradáveis realmente se degradam? O Dr. Sintim explica: "Quando falamos em BDM, queremos dizer que se trata de cobertura plástica, mas que foi feita com materiais de base biológica pura ou parcial. Embora existam coberturas plásticas anunciadas como biodegradáveis, nenhuma foi realmente comprovada como biodegradável, portanto a equipe está examinando a degradação de diferentes tipos de BDM comerciais ao longo do tempo. Eles também incluíram um BDM experimental, no qual os constituintes foram especificados pela equipe."

O Dr. Sintim monitorou a degradação do BDM avaliando as propriedades do material e medindo o tamanho das partículas e a área da superfície por meio de fotografias, digitalizando-as e analisando-as com o software Image J.

 

A photograph of a researcher holding a TEROS 12 soil moisture sensor in the foreground and a bare field with a plow in the background

QUAL É A COMPARAÇÃO ENTRE AS COBERTURAS VEGETAIS?

O Dr. Sintim também quer descobrir até que ponto as BDMs mantêm o microclima em comparação com o PE. Como a temperatura e o teor de umidade do solo são parâmetros importantes que regem as taxas de reação química e a atividade microbiana, e provavelmente variam entre os diferentes tratamentos com BDM, ele monitorou a dinâmica da umidade do solo usando sensores de umidade e temperatura METER instalados a 10 cm e 20 cm de profundidade. Além disso, a equipe instalou sensores diretamente sob as coberturas vegetais para medir a temperatura da superfície e a penetração da luz. A redução da penetração de luz é o atributo que ajuda as coberturas plásticas a controlar as ervas daninhas. A equipe também avaliou a qualidade do solo usando o kit de teste de qualidade do solo do USDA.

O Dr. Sintim diz que, até o momento, um dos BDMs comerciais e o BDM experimental tiveram o mesmo desempenho de rendimento que o PE. Ele acrescenta: "Ainda não temos os resultados finais, e há muitas variáveis que podem entrar em cena. Mas posso dizer que há uma indicação de que alguns dos BDMs estão tendo um bom desempenho".

LEACHING

O Dr. Sintim e sua equipe queriam entender o que está sendo lixiviado pelo solo à medida que as coberturas se degradam. Ele instalou lisímetros capilares passivos METER G3 a uma profundidade de 55 cm para coletar amostras de lixiviados para análise de partículas de BDM. Ele ficou surpreso quando as leituras do lysimeter revelaram medições de CE mais altas. No entanto, a CE nos tratamentos com PE, cobertura morta de papel e sem cobertura morta também foi alta, portanto, isso poderia ser devido à lixiviação de sais acumulados na superfície do solo. Ele diz: "Ainda temos que examinar as amostras de lixiviados quanto à presença de partículas."

ALTERNATIVAS DE COMPOSTAGEM

Se a equipe descobrir que alguns dos BDMs não se biodegradam muito bem no campo, a alternativa poderia ser a compostagem na fazenda, o que seria mais viável do que ter de lidar com plástico de polietileno. O Dr. Sintim e sua equipe de pesquisa montaram um estudo de compostagem em que digitalizaram as imagens da degradação das coberturas. Ele acrescenta: "Enterramos as coberturas vegetais em um saco de malha e, periodicamente, retiramos os sacos para estudar a cobertura vegetal. Havia uma mancha preta no saco de malha, que suspeitamos ser uma nanopartícula chamada "negro de fumo", usada como enchimento de reforço em pneus e outros produtos de borracha.

Como os fabricantes não divulgam os componentes reais de suas coberturas vegetais, o Dr. Sintim providenciou o exame dos sacos de malha com o microscópio eletrônico de varredura da WSU para confirmar que as manchas eram devidas à presença de partículas. O Dr. Sintim confirmou que o negro de fumo foi usado em seu BDM experimental, mas eles não sabem se o negro de fumo foi feito a partir de produtos de petróleo, pois há negro de fumo não derivado de petróleo. Ele determinará se essas partículas são lixiviadas pelo solo examinando amostras de lixiviados do site lysimeter. Ele também realizará mais testes para garantir que essas nanopartículas não tenham efeitos adversos no agroecossistema.

O QUE HÁ NO FUTURO?

Embora o Dr. Sintim e seus colegas tenham feito descobertas importantes, ainda há trabalho a ser feito. Ele e sua equipe continuaram a coletar dados para verificar se realmente existe um BDM que cumpre o que promete e se as partículas lixiviadas representam uma ameaça para as águas subterrâneas.

Explore os sensores de umidade do solo METER e o G3 lysimeter.

Saiba mais sobre a pesquisa contínua do Dr. Sintim no Laboratório H. Sintim

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